No Congresso de Saúde Mental Ocupacional, realizado no Centro de Convenções Rebouças nos dias 29 e 30 de novembro em São Paulo, a Dra. Adriana Jardim Arias foi desafiada a abordar esse tema para mais de 700 congressistas e deu uma aula inesquecível. Para aqueles que não puderam participar, aqui estão os principais insights:
Principais Indicadores:
Ausência por Doença: Cerca de 1,5% de ausência agregada. Valores acima disso podem indicar problemas além de doenças comuns.
Perda de Dias de Trabalho: Em média, 4 dias de trabalho são perdidos por ano por funcionários devido a doenças.
Taxas de Absenteísmo: 1% a 3% são taxas aceitáveis de absenteísmo em geral. Acima disso, é necessário investigar se há condições de trabalho inadequadas.
De acordo com Smartlab,, as principais causas de afastamentos são:
Sistema Osteomuscular
Aparelho Respiratório
Doenças Infecciosas
Doenças Mentais
Os setores com maior afastamento incluem bancos, enfermagem e motoristas, com maior incidência em mulheres. Além disso, 40% da força de trabalho consome álcool em níveis arriscados.
Principais estressores no Ambiente de Trabalho:
Excesso de Trabalho
Falta de Reconhecimento
Estilo de Gestão
Pressão por Metas e Competitividade Excessiva
Conflitos Interpessoais
Ambiente Físico Inadequado e Falta de Recursos
Desigualdade de Oportunidades
Como Fazer uma Boa Gestão do Absenteísmo nas Organizações
Deve ser uma prioridade e um compromisso de toda a organização. É fundamental demonstrar os benefícios de focar no bem-estar e saúde da equipe, como:
Redução de custos com questões médicas e impostos (FAP)
Reputação da marca empregadora
Melhoria no desempenho dos negócios
A alta liderança deve priorizar o tema de forma estratégica, reservando orçamento adequado. A equipe de liderança deve ser promotora de saúde e estar alerta para agir nos primeiros sinais. A área de saúde deve orquestrar todas as iniciativas, acolher e acompanhar os colaboradores. A equipe de RH deve desenhar políticas e processos para implementar as iniciativas, enquanto compliance e jurídico devem suportar, inclusive com negociações com sindicatos.
Estratégia de Gestão do Absenteísmo:
Avaliar áreas de risco
Mapear os colaboradores suscetíveis
Acompanhar o presenteísmo
Gerir os afastamentos
Recomendações adicionais*:
Integração Multissetorial e Multiprofissional: Parceria com planos de saúde para otimizar recursos e engajar médicos, enfermeiros, assistentes sociais, e outros profissionais dos cuidados.
Diagnóstico Precoce: Utilizar ferramentas de triagem (PHD-9/GAD-7) para identificar suscetíveis e adotar uma abordagem proativa.
Estratificação de Risco: Definir níveis de risco (leve, moderado e grave) e aplicar intervenções adequadas para cada um.
Tratamento Baseado em Evidências: Implementar práticas de tratamento comprovadas.
Monitoramento: Fase aguda, fase de manutenção, revisões periódicas e suporte psicossocial.
Finalizamos com a trilha da gestão de afastados que você pode acompanhar pela foto ou solicitar a equipe de Mercer Marsh
Nossas considerações:
A melhor forma de gerenciar o afastamento é evitando que ele aconteça. E para isso, é essencial sermos proativos na implementação de ações que promovam o bem-estar geral. Estimular uma rotina de trabalho que considere boa hidratação, com os recursos certos, com pausas adequadas, livres de sobrecargas desnecessárias. podem fazer uma grande diferença na saúde e no bem-estar dos colaboradores, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
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