Muitas pessoas têm uma percepção ilusória de invulnerabilidade em relação às doenças. Mesmo com estatísticas alarmantes e histórias de casos reais, algumas pessoas acreditam que estão imunes aos problemas de saúde. Esse fenômeno, muitas vezes baseado em fatores psicológicos e cognitivos, pode levar a comportamentos negligentes e ao descuido com a própria saúde, conhecidos como "otimismo irrealista".
Pesquisas conduzidas por Tali Sharot, professora de neurociência cognitiva no University College London e professora do MIT, demonstraram que o otimismo irrealista é um mecanismo comum de defesa da mente humana. Sharot combina sua expertise em neurociência com psicologia experimental para investigar os mecanismos cerebrais por trás do otimismo e de outras formas de viés cognitivo. Ela utiliza técnicas de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), para analisar a atividade cerebral associada às tomadas de decisão otimistas.
Sharot explica que a tendência a evitar pensamentos e informações que possam causar ansiedade ou medo é uma forma de proteção psicológica, mas pode levar à percepção distorcida de invulnerabilidade em relação às doenças. Segundo ela, esse fator pode levar as pessoas a ignorar os sinais e sintomas iniciais de doenças. O pensamento é:
. Essa atitude de negação pode atrapalhar as iniciativas preventivas, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, colocando em risco a saúde e o bem-estar das pessoas. Ninguém está imune às doenças, e estar atento aos sinais do corpo é crucial para a manutenção de uma boa saúde, alerta a pesquisadora.
Para as doenças relacionadas ao excesso de tempo sentado, conhecido como sedentarismo comportamental, não é diferente. A maioria pensa, "eu estou bem, não sinto nada, aquele amigo que é sedentário", mas dificilmente se auto observa e toma a conscientização do seu próprio comportamento, vendo este padrão, fortemente evidenciado em lideranças e formadores de opinião. O ato de negação de algum comportamento adoecedor também está relacionado a esse princípio.
Em nossas pesquisas, quando perguntamos aos colaboradores se fazem pausas ativas durante a jornada de trabalho, a maioria dos profissionais responde que sim, completando que se levanta para buscar água, para ir a mesa de um colega ou para ir ao banheiro, porém, isso não é uma pausa ativa. Na realidade estamos somente atendendo alguma necessidade fisiológica ou profissional específica, estando assim, mantendo um padrão de comportamento adoecedor.
Pausas são momentos conscientes que você desliga o que esta fazendo e se reconecta com você. As Pausas Ativas são ainda mais eficientes, graças ao ataque de movimento, por proporcionar maior e melhor oxigenação sanguínea e regulação neurofisiológica. Com isso, é possível recarregar e amplificar a capacidade e o vigor para retomar a atividade de forma mais centrada e produtiva.
As doenças estão se aproximando cada vez que não ativamos o nosso corpo e ficamos muito conectados. O ideal é acelerar o preventivo, porque quando adoecemos, tratar é mais demorado e custoso para todos.
Vamos juntos?
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